Sul

Dólar faz disparar custo de aquisição do gás natural boliviano

E pressiona caixa da SCGÁS.

Ascom SCGás
30/08/2013 20:41
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A escalada do dólar fez o custo de aquisição do gás natural boliviano, única fonte de suprimento do insumo dos estados do Sul do Brasil, aumentar 31% de janeiro a julho deste ano. A alta gerou um déficit de R$17 milhões na operação da Companhia de Gás de Santa Catarina (SCGÁS) neste período em comparação com o projetado, de acordo com os últimos balanços financeiros da distribuidora catarinense. Os relatórios apontam que na hipótese de manutenção do câmbio no patamar de R$2,35, a empresa terá déficit de caixa de R$3,25 milhões em outubro, R$3,98 milhões em novembro e R$11,27 milhões em dezembro.
Por conta do cenário desfavorável, a distribuidora já contratou cheque especial junto à Caixa Econômica Federal para suprir a eminente deficiência de caixa, e estuda uma alternativa para manter o equilíbrio econômico e financeiro da companhia. O presidente da SCGÁS, Cósme Polêse, explica que foram e serão tomadas medidas de gestão interna, em especial redução dos custos operacionais, revisão do cronograma de parte dos investimentos e negociação de prazos junto a fornecedores. Contudo, um pedido de ajuste tarifário também está sendo analisado. “Estamos estudando a situação dos clientes para desenvolver uma solução que seja viável para ambas as partes”, diz. Para entrar em vigor, o reajuste deve ser solicitado e ter parecer positivo da Agência Reguladora do Estado de Santa Catarina (AGESC).
O último reajuste tarifário aplicado pela SCGÁS foi de 5% para as indústrias, em outubro de 2012. Atualmente a tarifa industrial imposta à distribuidora catarinense está consideravelmente abaixo do patamar das demais que utiliza o gás natural importado da Bolívia, o que demonstra defasagem e necessidade de repasse do aumento tarifário. O segmento industrial representou em julho 82,5% do consumo de gás natural em Santa Catarina.
Desigualdade
Os três estados do Sul do país e o Mato Grosso do Sul são supridos exclusivamente por gás natural importado da Bolívia, cujos preços são definidos de acordo com a cotação do dólar e do petróleo no mercado internacional. Essa fórmula foi definida quando da assinatura dos contratos de suprimento de gás entre a Petrobras e as distribuidoras estaduais, no ano de 1996, e gera distorções entre o valor cobrado destes Estados e dos que podem comprar gás de produção nacional.
A diferença entre o preço de aquisição do gás nacional e o importado chega a 26%, conforme dados de distribuidoras que operam com as duas fontes de insumo. “Entendemos que a política de precificação do gás deve ter como premissa a igualdade de preços, pois a prática atual prejudica sensivelmente as indústrias instaladas no Sul do Brasil”, afirma Cósme Polêse.
Atualmente para os preços praticados às distribuidoras das regiões Nordeste e Sudeste o supridor oferece descontos acima de 30%, conforme boletim mensal divulgado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), o que não acontece com o gás boliviano. “Esta diferença, além de prejudicar a competitividade dos consumidores catarinenses, afeta nossa capacidade de investimento para a democratização da oferta do insumo”, lamenta.

A escalada do dólar fez o custo de aquisição do gás natural boliviano, única fonte de suprimento do insumo dos estados do Sul do Brasil, aumentar 31% de janeiro a julho deste ano. A alta gerou um déficit de R$17 milhões na operação da Companhia de Gás de Santa Catarina (SCGÁS) neste período em comparação com o projetado, de acordo com os últimos balanços financeiros da distribuidora catarinense. Os relatórios apontam que na hipótese de manutenção do câmbio no patamar de R$2,35, a empresa terá déficit de caixa de R$3,25 milhões em outubro, R$3,98 milhões em novembro e R$11,27 milhões em dezembro.

Por conta do cenário desfavorável, a distribuidora já contratou cheque especial junto à Caixa Econômica Federal para suprir a eminente deficiência de caixa, e estuda uma alternativa para manter o equilíbrio econômico e financeiro da companhia. O presidente da SCGÁS, Cósme Polêse, explica que foram e serão tomadas medidas de gestão interna, em especial redução dos custos operacionais, revisão do cronograma de parte dos investimentos e negociação de prazos junto a fornecedores. Contudo, um pedido de ajuste tarifário também está sendo analisado. “Estamos estudando a situação dos clientes para desenvolver uma solução que seja viável para ambas as partes”, diz. Para entrar em vigor, o reajuste deve ser solicitado e ter parecer positivo da Agência Reguladora do Estado de Santa Catarina (AGESC).

O último reajuste tarifário aplicado pela SCGÁS foi de 5% para as indústrias, em outubro de 2012. Atualmente a tarifa industrial imposta à distribuidora catarinense está consideravelmente abaixo do patamar das demais que utiliza o gás natural importado da Bolívia, o que demonstra defasagem e necessidade de repasse do aumento tarifário. O segmento industrial representou em julho 82,5% do consumo de gás natural em Santa Catarina.


Desigualdade

Os três estados do Sul do país e o Mato Grosso do Sul são supridos exclusivamente por gás natural importado da Bolívia, cujos preços são definidos de acordo com a cotação do dólar e do petróleo no mercado internacional. Essa fórmula foi definida quando da assinatura dos contratos de suprimento de gás entre a Petrobras e as distribuidoras estaduais, no ano de 1996, e gera distorções entre o valor cobrado destes Estados e dos que podem comprar gás de produção nacional.

A diferença entre o preço de aquisição do gás nacional e o importado chega a 26%, conforme dados de distribuidoras que operam com as duas fontes de insumo. “Entendemos que a política de precificação do gás deve ter como premissa a igualdade de preços, pois a prática atual prejudica sensivelmente as indústrias instaladas no Sul do Brasil”, afirma Cósme Polêse.

Atualmente para os preços praticados às distribuidoras das regiões Nordeste e Sudeste o supridor oferece descontos acima de 30%, conforme boletim mensal divulgado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), o que não acontece com o gás boliviano. “Esta diferença, além de prejudicar a competitividade dos consumidores catarinenses, afeta nossa capacidade de investimento para a democratização da oferta do insumo”, lamenta.

 

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