Política

Dilma vai à Índia participar da 4ª reunião do Brics

As discussões serão dominadas pelos debates econômicos e financeiros, além de políticas de segurança e paz, assim como o esforço conjunto para o desenvolvimento sustentável, um dos pilares para a redução da pobreza. Os líderes políticos assinarão documentos estabelecendo que todos os in

Agência Brasil
22/03/2012 13:26
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Nos próximos dias, a presidenta Dilma Rousseff viaja para Nova Delhi, na Índia. Ela participa, no dia 29, da quarta reunião do bloco que reúne o Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul - Brics.  As discussões serão dominadas pelos debates econômicos e financeiros, além de políticas de segurança e paz, assim como o esforço conjunto para o desenvolvimento sustentável, um dos pilares para a redução da pobreza.

Além de Dilma, participarão dos debates os presidentes Dmitri Medvedev (Rússia), Hu Jintao (China) e Jacob Zuma (África do Sul), e o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh. As conversas ocorrem em um momento de incertezas devido à crise econômica internacional que ainda causa impactos na Europa e nos Estados Unidos.

Nas reuniões, os líderes políticos querem consolidar a decisão de transformar o Brics em referência no cenário econômico e político internacional. A ideia é ampliar as relações comerciais internas e externas, incentivando a expansão dos mercados exportadores e importadores. Uma comitiva de cerca de 60 empresários acompanha a presidenta e os ministros.

As autoridades brasileiras, com o apoio dos empresários, querem mostrar que o mercado exportador do Brasil não se resume aos produtos agrícolas. Na comitiva presidencial, há empresários de diversos setores, incluindo o de tecnologia de ponta, que participarão do Fórum Empresarial, com a presença de representantes de todos os países que integram o bloco.      

Ao final dos debates, os líderes políticos assinarão documentos estabelecendo que todos os integrantes do Brics pretendem ampliar os acordos bilaterais, por intermédio de suas instituições bancárias de desenvolvimento econômico, utilizando moedas locais. No caso do Brasil, o acordo será firmado com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Paralelamente, os líderes pretendem aprovar uma declaração em defesa da paz e da segurança no Oriente Médio e Norte da África. Os destaques do texto devem ser a crise na Síria, em decorrência do agravamento da situação de violência, e o acirramento das tensões no Afeganistão, depois do massacre de 16 civis por um militar norte-americano.

A presidenta se prepara para viajar no próximo dia 26. No dia 28, ela terá um jantar com Medvedev, Hu Jintao e Zuma, oferecido pelo governo da Índia. No dia 29, a manhã e a tarde serão dedicadas às reuniões do Brics. Ela terá ainda encontros com todos os presidentes da República e o primeiro-ministro da Índia. A previsão é que Dilma faça dois discursos ao longo do dia e uma declaração à imprensa ao final. No dia 31, ela deverá estar de volta ao Brasil.
 
 
Índia vai sugerir criação do banco do Brics

O primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, irá apresentar uma proposta para a criação de um banco de desenvolvimento do grupo. A nova instituição bancária deve ser uma espécie de alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional (FMI). A expectativa é que, ao final da cúpula, os presidentes assinem uma declaração sinalizando a disposição de criar a instituição, mas sem fixar os detalhes.

Os negociadores brasileiros dizem que vários pontos da proposta precisam ser definidos e o processo será a longo prazo. Para os brasileiros, é necessário estabelecer uma série de aspectos, como os termos de referência, a estrutura do organismo, como será integralizado o capital e as práticas de comércio bilateral e multilateral.

Os indianos argumentam que a proposta é criar um mecanismo que permita o financiamento de projetos exclusivamente nos países em desenvolvimento. A ideia é que a presidência da instituição seja rotativa entre os cinco integrantes do Brics. Paralelamente, os líderes presentes aos debates deverão reiterar a defesa da ampliação do FMI.

Para o Brasil e os demais integrantes do Brics, a estrutura do FMI deve ser revista, pois atualmente são 24 representantes - dos quais oito têm assentos permanentes e 16  são eleitos a cada dois anos. Os que têm assentos fixos são os Estados Unidos, o Japão, a Alemanha, França, o Reino Unido, a China, Rússia e Arábia Saudita.

A primeira cúpula do Brics foi em 2009, na Rússia, sem a participação da África do Sul, que passou a integrar o bloco em 2011. Juntos, os cinco países que pertencem ao Brics reúnem um quarto da economia mundial, segundo dados recentes. 
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