Internacional

Demanda por petróleo na China deve crescer 5% em 2012, diz AIE

Agência Estado
13/07/2011 18:45
Visualizações: 117
A demanda por petróleo na China provavelmente aumentará 5% em 2012 se o país mantiver a atual taxa de crescimento econômico, afirmou a Agência Internacional de Energia (AIE) no relatório mensal sobre o mercado de petróleo divulgado nesta quarta-feira (13).

A AIE prevê que a demanda da China alcançará 10,2 milhões de barris por dia (bpd) em 2012, com base na projeção de expansão de 9,5% do país no mesmo ano. De acordo com a agência, a procura por óleo diesel também aumentará significativamente neste neste verão (no hemisfério norte) em razão do uso para geradores. No primeiro semestre deste ano, a produção de diesel do país aumentou 8,9%, para 83,15 milhões de toneladas, ou cerca de 3,35 milhões de barris por dia, de acordo com o governo chinês.

"Persistem preocupações sobre a capacidade das concessionárias chinesas de atender à demanda por energia durante o verão", disse a AIE. O cálculo da agência é de que a demanda por diesel no país tenha atingido o pico de 3,5 milhões de barris por dia em junho, cerca de 90 mil barris por dia acima do nível de maio.

A AIE elevou a sua previsão de demanda global pela commodity neste ano em 200 mil barris por dia (bpd), para 1,3 milhão de barris por dia. Em 2012, a AIE espera que a demanda por petróleo aumente 1,5 milhão de barris por dia, à medida que a economia global se acelerar.

O refino global de petróleo bruto ficará em média em 75,9 milhões de barris por dia no terceiro trimestre deste ano, uma alta de 2,3 milhões de barris por dia em comparação com o segundo trimestre, segundo a AIE. A nova estimativa para o terceiro trimestre é 240 mil barris por dia mais baixa do que a feita no relatório de junho, "principalmente em razão da perspectiva fraca para os países da OCDE na Europa e na América do Norte".

A AIE também informou que a produção global das refinarias no segundo trimestre provavelmente atingiu o nível "excepcionalmente fraco" de 73,6 milhões de barris por dia, menos do que no mesmo período do ano anterior pela primeira vez desde o quarto trimestre de 2009.

A capacidade global de refino deverá aumentar em 2,4 milhões de barris por dia no próximo ano, segundo a AIE, à medida que vários projetos forem concluídos.

Estoques

A AIE afirmou que vai avaliar na próxima semana se é necessária uma nova liberação de petróleo de seus estoques emergenciais, além dos 60 milhões de barris anunciados no mês passado. Também defendeu a decisão de liberar os estoques, que foi chamada de ineficiente por alguns analistas.

"Nós ainda estamos vendo uma forte alta nos pedidos (por produção de petróleo da Opep) para o terceiro trimestre", disse David Fyfe, diretor da Divisão de Indústria e Mercados de Petróleo da AIE. Ainda é muito cedo para dizer se esse aumento na demanda vai exigir que mais petróleo seja liberado dos estoques, mas "nós vamos avaliar a situação muito cuidadosamente no começo da próxima semana, o que nos ajudará a tomar uma decisão", acrescentou.

A AIE espera que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) continue aumentando sua produção em julho e agosto, em seguida ao crescimento de 800 mil barris por dia (bpd) verificado em junho, segundo Fyfe.

Aad van Bohemen, diretor da divisão de política emergencial da AIE, defendeu a decisão da entidade de liberar estoques de petróleo, que foi criticada porque o preço da commodity se recuperou para acima do nível em que estava antes da liberação. "Três semanas após a ação, nós vemos uma aceitação muito maior ao estoque liberado do que em 2005", que foi a última vez que a AIE fez o mesmo movimento, em seguida à passagem do furacão Katrina nos EUA.

"Nós temos ouvido de países membros que esses estoques estão sendo usados" mesmo onde o petróleo não foi leiloado, mas foi disponibilizado pelo afrouxamento das exigências de estoques impostas às empresas, disse Bohemen.

A venda bem sucedida de 30 milhões de barris de petróleo da reserva estratégica nos EUA significa que "haverá mais petróleo bruto leve do oeste da África, do mar do norte e do mar cáspio disponível tanto na Europa como para a crescente demanda nos mercados da Ásia", comentou Fyfe. As informações são da Dow Jones.
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