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Definição do preço da energia traz expectativa ao mercado

DCI
04/11/2010 11:56
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A divulgação do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) que acontece amanhã traz expectativa para os agentes do mercado  de livre de energia. Depois de queda de quase 50% no valor nas Regiões Norte e Nordeste entre a última semana de outubro e a primeira de novembro, que equiparou os preços em todos os submercados brasileiros, é a próxima indicação que poderá confirmar a expectativa de melhora nos valores no mercado de curto prazo ou a retomada da alta verificada este ano em função do efeito La Niña, que combinada à retomada da demanda industrial levou os reservatórios ao nível mais baixo desde 2001, o ano do apagão.
 

Nas Regiões Norte e Nordeste, o PLD ao fim de outubro alcançou R$ 286 por megawatt-hora (MWh), recorde do ano. Com o último dado publicado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), órgão responsável pelo cálculo semanal, esse valor caiu para R$ 149,48 por MWh.
 

A previsão de afluências para a Região Norte está otimista e indica uma tendência de ultrapassar em 13% a média histórica de longo termo (MLT), que é um dos parâmetros utilizados para as decisões de exportação de energia elétrica de outras regiões brasileiras para lá. No caso, era a energia do sudeste que estava sendo enviada nas semanas anteriores.
 

Além disso, a CCEE, que é presidida por Antônio Carlos Fraga Machado, informou que essa queda deveu-se à utilização de uma função de custo futuro mais otimista. O software que faz o cálculo passou a considerar a oferta proveniente do 2º Leilão de Fontes Alternativas e do 3º Leilão de Energia de Reserva. Isso representa mil megawatts médios a mais na oferta de energia a partir de 2013.
 

Na opinião de Fernando Umbria, assessor de energia da Abrace, associação do setor de grandes consumidores, apesar de não se ter certeza de como ficarão as chuvas - consequentemente, os reservatórios - a tendência é de que os preços retrocedam no curto prazo, pois, segundo ele, o nível de acerto quanto às afluências aumenta ao passo que se aproxima o período de chuvas.
 

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Para o ambiente livre de negociação de energia elétrica essa equiparação de valores do PLD traz consequências imediatas para o valor dos contratos de curto prazo. Mas o setor se mostra cético quanto a essa redução. Para o gerente comercial da Delta Energia, Gabriel Rosa, é cedo para saber se essa queda é uma tendência no mercado de curto prazo.
 

"Ainda não dá para falar em queda de preços no mercado porque o próprio Operador Nacional do Sistema (ONS) projetou mais cinco meses de La Niña", afirmou.
 

Marcelo Ávila, presidente da Comerc Comercializadora, também citou o nível dos reservatórios no norte e no nordeste como um fator que inspira preocupações, pois estão abaixo do nível-meta mínimo estabelecido pelo ONS para iniciar a operação das termoelétricas, mais caras e poluentes. Apesar desse cenário, disse ele, o operador do sistema viu a tendência de que esse preço possa cair mais à frente.
 

"Os valores do PLD de amanhã serão muito importantes para todas as mesas de energia [em referência às mesas de corretoras de valores] para indicar a tendência para o fim deste ano", disse Ávila. "Esta semana será crucial, se houver novo descasamento dos valores, as térmicas poderão voltar", complementou ele.
 

A Aneel informou ontem que o próximo leilão de linhas de transmissão ocorrerá ainda este ano, em 9 de dezembro, um dia antes do segundo certame de geração hidroelétrica A-5. Em foco estão 685 quilômetros de linhas e 10 subestações, que estão divididos em nove lotes de deverão gerar investimentos de R$ 890 milhões, segundo a própria agência, que aprovou ontem reajuste tarifári anual de 2,17% para a Light.
 

A queda de quase 50% do preço da energia no mercado à vista das Regiões Norte e Nordeste entre a última semana de outubro e a primeira de novembro equiparou os preços em todas as regiões brasileiras. No mais recente dado publicado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o valor no norte e nordeste caiu para R$ 149,48 por megawatt-hora (MWh), bem abaixo do valor praticado ao fim de outubro, de R$ 286 por MWh, recorde do ano.
 
 
Na opinião de Fernando Umbria, da Abrace, que reúne grandes consumidores de energia, apesar de não se ter certeza de como ficarão as chuvas - consequentemente, os reservatórios - a tendência é de os preços retrocederem no curto prazo, à medida que se aproxima o período de chuvas mais intensas. A expectativa é de que, na divulgação de amanhã do novo preço da energia no mercado à vista, a cotação confirme tendência de queda.
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