Rede Globo / Valor E
Os empresários reunidos em Davos se mostraram preocupados com o eminente aumento no preço do barril do petróleo nos próximos anos. Além do crescimento da China e da Índia, que requer maior consumo do produto, há preocupações em relação a zonas sensíveis como Arábia Saudita, Iraque, Irã, Nigéria, Rússia e Venezuela.
Laura Tyson, reitora da London Business School e ex-consultora econômica da Casa Branca, alertou que o choque de demanda da Índia e da China pode se tornar num choque de fornecimento, porque a situação da reserva é muito apertada, além de haver riscos geopolíticos.
Especialistas afirmam que os dias de petróleo fácil estão terminando. Até o mesmo o campo de Burgan, o segundo maior do mundo, está começando a fraquejar e não compensará mais a estagnação do norte do Kuait, onde os campos petrolíferos estão envelhecendo mais rapidamente. O país está sendo obrigado a recorrer a equipamentos e capacitação gerencial avançados que somente podem ser supridas por petrolíferas estrangeiras.
O Kuait não está sozinho nessa situação. Do Oriente Médio ao Mar do Norte, do Alasca à América Latina, os grandes campos petrolíferos estão exigindo tecnologias mais avançadas para trazer seus derradeiros barris de petróleo à superfície.
Em vista dos poucos grandes campos petrolíferos a serem descobertos, as grandes companhias estão diante de um encolhimento na produção e nas reservas. Elas são obrigadas a se aventurar em lugares arriscados, como o inóspito terreno das ilhas Sakalina, na Sibéria, local de disputa entre Rússia e Japão, onde extrair um barril de petróleo pode custar de 6 a 7 vezes o preço no Kuait.
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