A incubadora Coppe da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) informou a pouco que seus pesquisadores vão monitorar durante um ano os testes do primeiro ônibus flex urbano movido a gás e diesel do Rio de Janeiro lançado, hoje, pelo governo do estado.
O veículo abastecido com uma média de 70% de gás natural veicular (GNV) e 30% de diesel vai emitir 20% a menos de gás carbônico que os ônibus convencionais, movidos exclusivamente a diesel. O objetivo é avaliar a viabilidade do uso do combustível nas frotas que circulam no estado.
O monitoramento do desempenho energético do novo combustível será coordenado pelo professor do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe, Marcio de Almeida D’Agosto, e conta com financiamento da Faperj. Segundo o professor da Coppe, o objetivo é assegurar um transporte menos poluente, que emita menos CO2 na atmosfera, e que seja economicamente viável. “Realizamos um estudo preliminar em 2010, no qual simulamos o uso de 70% de GNV nas frotas de municípios do Rio de Janeiro, Duque de Caxias e Nova Iguaçu. O resultado mostrou que o uso desse percentual é viável do ponto de vista econômico. Por isso, estamos otimistas em relação a esse projeto”, afirmou Marcio D’Agosto.
Neste mesmo período os testes preveem o uso de índices de gás ainda maiores na composição do combustível. Segundo D’Agosto, técnicos da empresa Bosch, fabricante do sistema de injeção diesel-gás, estão otimistas e acreditam ser possível abastecer o veículo com 90% de GNV.
“Como os motores usados nos ônibus são de ciclo-diesel, de ignição por
compressão, é necessário um percentual mínimo de diesel para iniciar a queima do motor. Quanto menos diesel for necessário, maior poderá ser o percentual de gás no total da composição”, explica Marcio.