Os consumidores brasileiros vão pagar em 2012 R$ 2,252 bilhões para financiar o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfra), que tem o objetivo de aumentar a participação na matriz energética do país de usinas que utilizam fontes renováveis (eólica, biomassa e pequenas hidrelétricas).
A conta do financiamento do Proinfra para 2012 é 25,59% maior do que a de 2011, que foi orçada em R$ 1,793 bilhão. O aumento no custo pode ser atribuído principalmente à geração eólica que, além de ser mais cara do que as outras duas, apresentou para o ano que vem um número maior de empreendimentos do que neste ano.
Nesta terça-feira (13), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a divisão do custo de compra e a cota de energia produzida por esses empreendimentos entre as transmissoras, distribuidoras e permissionárias cooperativas do setor elétrico.
O custo da compra da energia produzida por fontes alternativas é repassado a todos os consumidores do país, com exceção das famílias de baixa renda beneficiadas pela Tarifa Social de Energia Elétrica.
De acordo com a Aneel, em 2012 o país terá 130 empreendimentos inscritos no Proinfra, sendo 19 de biomassa, 51 de eólica e 60 de pequenas hidrelétricas, que produzirão um total de 11,2 mil GWh. Em 2011 são 118 empreendimentos que produzem 10,4 mil GWh.
O Proinfra foi criado em 2004 pelo governo federal como meio para incentivar o surgimento de empreendimentos baseados em fonte alternativa de energia. As usinas beneficiadas pelo programa entram em operação até dezembro de 2011.