GNL

Comgás teme subsídios ao gás natural vendido a projetos de GNL

Além do risco de competir com preços subsidiados, empresa questiona na justiça se gasoduto que abastece o projeto Gemini é de transporte ou de distribuição. No entanto, a Comgás prevê parcerias com empresas de GNC.


04/09/2006 03:00
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O diretor de Planejamento da Comgás, André Araújo, alerta para o risco de que os projetos de GNL e GNC venham a ser beneficiados com a venda de gás natural mais barado do que o gás vendido às distribuidoras, o que caracterizaria concorrência desleal. O executivo informa, ainda, que a Comgás, questiona, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), a caracterização do gasoduto que abastece o Projeto Gemini como gasoduto de transporte, o que acarreta uma série de diferenças legais no que se refere as competências de entrega do gás e precificação.

No entanto, embora tenha argumentos de cautela em relação ao projeto de fornecimento de gás comprimido no interior de São Paulo, o diretor da Comgás afirma que a empresa vê com bons olhos a entrada deste tipo de companhia no mercado. A própria Comgás possui uma planta de GNC em Itatiba (SP), que vende 1,5 milhõs de m³ por dia de gás natural ao município de Bragança Paulista. "O GNC amplia as fronteiras dos gasodutos, quando o gás canalizado chegar a Bragança as instalações de descompressão serão transferidas para outro ponto e, novamente, anteciparão a chegada do gasoduto", explica.

O executivo, inclusive considera atraente a idéia de formar parcerias com empresas exclusivas de GNC visando promoverem esta antecipação.

Durante o seminário sobre GNL, promovido pela IQPC, no Rio de Janeiro, o executivo falou ainda das expectativas da Comgás para os próximos anos. A empresa, que já se expandiu a 85% do mercado industrial na região que atual, estará focada para o mercado de residencial, que tem menor exigência volumétrica, mas permite maiores margens. Ainda assim o faturamento da empresa deverá crescer cerca de 10% nos próximos anos. Enquanto o foco foi a expansão industrial o crescimento da companhia chegou a cerca de 20% ao ano. A empresa disbriui 9,5 milhões de m³ de gás por dia para cerca de 1000 indústria em São Paulo. O mercado potencial residencial é de 6,5 milhões de residências, no entanto, cada 500 mil lares consome cerca de 300 mil m³ de gás diariamente.

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