Petrobras

Combustíveis podem subir só depois das eleições

A Petrobras está perdendo produtividade, competitividade e geração de caixa para investir na busca da auto-sufiência. A avaliação é da Global Invest em seu relatório sobre os efeitos da defasagem dos preços dos combustíveis da Petrobras, publicado nesta segunda-feira (23/08). De acordo com

Redação com Global
23/08/2004 03:00
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A Petrobras está perdendo produtividade, competitividade e geração de caixa para investir na busca da auto-sufiência. A avaliação é da Global Invest em seu relatório sobre os efeitos da defasagem dos preços dos combustíveis da Petrobras, publicado nesta segunda-feira (23/08). De acordo com o relatório, o manutenção dos preços abaixo das cotações internacionais pode estar obedecendo muito mais a critérios eleitoreiros do que econômicos.
Segundo o relatório, além da cotação internacional ter subido entre 29% (Brent) e 30% (WTI) sem que os preços dos derivados no mercado interno tenham acompanhado a elevação, uma série de fatores agravam a necessidade de que a Petrobras recomponha seus preços. "A produção doméstica de petróleo e derivados caiu, a importação de petróleo no segundo trimestre de 2004 aumentou 83% em comparação com o mesmo período de 2003 e 18% em relação ao trimestre anterior (...) e o custo de produção aumentou 24,5%", informa o relatório.
Segundo cálculos da consultora, "se o lucro operacional da Petrobras acompanhasse o barril de petróleo, ele poderia ter crescido no segundo trimestre aproximadamente R$ 1,8 bilhõa a mais do que cresceu de fato (...). Estimamos que a companhia esteja ganhando ainda cerca de R$ 52 milhões adicionais por mês com apreciação do Real (antes de impostos)".
Na conclusão do relatório, a Global Invest, sugere que o governo evita permitir o aumento dos preços para evitar conseqüências impopulares para os prefeitos, sobretudo nas grandes capitais, onde o aumento de combustíveis resultaria em aumento de passagens de ônibus.
"Porém, nada garante que o governo, em 2005, não vá reajustar ainda mais os combustíveis que sua estatal produz, para compensar os lucros que a companhia está deixando de gerar agora (...) Afinal, mais da metade do lucro da companhia contribui para o superávit primário".

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