A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considerou positiva a redução da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) para o menor nível da história, mas fez cobranças em relação ao crédito e à carga tributária, para que o país possa encontrar uma trajetória de crescimento expressivo.
Agência BrasilNa quinta-feira, o Conselho Monetário Nacional (CMN) reduziu de 6,85% para 6,5% ao ano a TJLP, que serve de referência para os financiamentos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Esse é o menor percentual desde a criação da taxa, em 1994.
Em comunicado, a CNI avaliou que a nova taxa aumenta a competitividade das empresas nacionais: A redução no custo do capital é essencial para estimular o investimento produtivo, única maneira de crescer de forma mais expressiva.
A entidade ainda reivindica, na nota, mais medidas para que o aumento da produção no país ocorra de forma consistente, como a queda no spread bancários diferença entre o custo para captar recursos e o do empréstimo. E afirma que os juros dos bancos precisam acompanhar a queda nas taxas oficiais, para que os custos dos financiamentos sejam compatíveis com a realidade dos projetos.
Em relação à cobrança de facilidade de acesso ao crédito, a CNI afirma que as empresas de pequeno e médio porte não conseguem obter crédito do BNDES e precisam recorrer a agentes financeiros intermediários.
O país, segundo a entidade, precisa eliminar outros fatores que representam entrave para o crescimento econômico. Entre esses fatores, o texto cita a carga tributária em torno de 37% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma das riquezas produzidas no país), a burocracia, as incertezas jurídicas e a falta de marcos regulatórios para investimentos privados.
Solucionar essas questões é, na visão da CNI, o caminho para garantir o crescimento sustentável do país, finaliza a nota.
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