Pacífico sul-americano

Chávez e Correa lançam maior refinaria

AFP
17/07/2008 11:57
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Equador e Venezuela lançaram nesta terça-feira o projeto para a construção da maior refinaria do Pacífico sul-americano, que permitirá processar o petróleo venezuelano na região, e não nos Estados Unidos, destacou o presidente Hugo Chávez.

 

"Esse é um projeto muito importante. Em vez de refinar nos Estados Unidos, decidimos fazê-lo aqui, em nosso contexto geopolítico", disse Chávez durante o ato de lançamento do complexo petroquímico do Pacífico, na localidade equatoriana de El Aromo, na província costeira de Manabí.

 

Ao lado de Chávez, o presidente equatoriano, Rafael Correa, afirmou que a refinaria é mais um passo para "esta grande pátria, a América Latina".

 

Chávez apresentou a obra como um passo "estratégico dentro do processo de formação da grande pátria latino-americana".

 

"Em vez de enviar esse petróleo às refinarias dos Estados Unidos, preferimos deixá-lo aqui", declarou o líder venezuelano.

 

Com um investimento de 6,6 bilhões de dólares, a refinaria será construída por uma empresa mista formada pelas estatais PDVSA (Venezuela) e Petroecuador.

 

O complexo, que deve estar concluído até 2013, refinará cerca de 300 mil barris diários de petróleo e permitirá ao Equador poupar até 3 bilhões de dólares anuais em importações de derivados de petróleo, segundo Correa.

 

"A Venezuela tem muito petróleo, mas já não é para dividi-lo com o Império (EUA), e sim com os povos da América, que dele necessitam (...) para que haja segurança energética de todos os povos do continente".

 

No mesmo ato, Chávez declarou que a Bolívia se libertou das multinacionais ao nacionalizar seu sistema de hidrocarbonetos, incluindo suas gigantescas reservas de gás natural.

 

"Tudo era das multinacionais. Éramos colônia (...) mas a Bolívia hoje é livre, graças ao seu povo e ao presidente Evo Morales. Viva a América Latina livre e unida!".

 

Há um mês, o Congresso boliviano aprovou um contrato de exploração de petróleo, em várias regiões da Bolívia, entre a estatal boliviana YPFB e a venezuelana PDVSA, com previsão de 600 milhões de dólares em investimentos.

 

Antes do ato de lançamento da refinaria, Chávez, Correa e o presidente nicaragüense, Daniel Ortega - que integram o eixo da esquerda mais radical da América Latina - se encontraram no porto equatoriano de Manta.

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