Gás natural

Cepal considera Gasoduto do Sul fator de integração regional

Economista da entidade minimiza dificuldades de financiamento do projeto que interligará Venezuela, Brasil e Argentina e é avaliado em US$ 20 bilhões.


03/03/2006 03:00
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A construção do Gasoduto do Sul, cujo projeto é discutido entre os governos da Venezuela, do Brasil e da Argentina, representará um arco energético fundamental para a infra-estrutura da América do Sul e seu custo elevado é contornável devido ao alto volume de investimentos no setor de óleo e gás nos próximos anos. A avaliação é de Manlio Coviello, oficial de relações econômicas de Rescursos Naturais e de Infra-Estrutura da Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe (Cepal), que participou nesta sexta-feira (3/3), no Rio de Janeiro, de encontro promovido pelo Comitê Brasileiro do Conselho Mundial de Energia.

Segundo Coviello, a obra representa um fator de integração regional devido ao trajeto que abrange o território dos três países envolvidos. De acordo com estimativas iniciais, o custo total da execução do projeto é de aproximadamente US$ 20 bilhões. O economista da Cepal minimiza eventuais dificuldades em relação à fonte de financiamento e considera o resultado das eleições brasileiras como elemento decisivo para o futuro do gasoduto.

“Sem dúvida, há um risco proporcionado pela instabilidade política na região que dificulta o financiamento de projetos desse tipo. Mas, se considerarmos, por exemplo, que a Petrobras programou investimentos da ordem de US$ 50 bilhões nos próximos anos, verificamos que o custo desse gasoduto é compatível com o porte dos desembolsos no setor. Após as eleições de outubro é que será possível saber se o Brasil terá disposição ou não para assumir os riscos desse investimento”. disse Coviello.

Representantes da Venezuela, do Brasil e da Argentina realizaram nesta semana, em Caracas, uma reunião para analisar os planos para construção do Gasoduto do Sul. O encontro foi preparatório para a reunião de cúpula prevista para 11 de março, na Argentina, e contou com a participação de autoridades setoriais dos três países. O projeto prevê a construção de uma linha de 8.000 km que sairá do Caribe para as cidades venezuelanas de Puerto Ordaz e Santa Elena de Uairén, que faz fronteira com o Brasil, e Manaus, capital do Amazonas. Neste ponto, o gasoduto se divide em dois e segue para o nordeste brasileiro e para a região que abrange Brasília e Rio de Janeiro, de onde faz a ligação com o Uruguai e a Argentina.

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