Tecnologia

Braskem diz que tecnologia alavanca o país

Folha de São Paulo
05/07/2010 11:51
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O desenvolvimento da química verde e a eficiência do Brasil na produção de fontes renováveis pode reduzir um dos gargalos da indústria química brasileira: a falta de investimento em tecnologia.

 

Em entrevista à Folha, o presidente da Braskem, Bernardo Gradin, diz que o interesse crescente pelo uso de matéria-prima renovável para a produção de resinas, em substituição aos derivados do petróleo, pode levar o país a uma posição de destaque.

 

Química verde

 

Acredito que o país será líder na química renovável e que possa aparecer para o mundo não só como líder, mas como parte da solução global.

 

A Braskem desenvolveu o plástico verde a partir da demanda. Recebemos propostas para parcerias com países, empresas, organizações e institutos de pesquisa.

 

É uma oportunidade para a indústria química brasileira se reinventar em tecnologia.

 

Gargalos

 

A indústria precisa investir em formação. Há necessidade de mais engenheiros e administradores para responder ao aumento da demanda por esses profissionais.

 

Também temos urgência de diálogo com o governo para que as condições de matéria-prima, energia e financiamento sustentem o investimento não só na base, mas na cadeia produtiva.

 

Pré-sal

 

Esperamos que a oferta de petróleo do pré-sal seja suficiente para resolver a escassez de matéria-prima que existe para a indústria de resinas -embora nós ainda não conheçamos qual vai ser o custo desse petróleo.

 

Mas o pré-sal, por si, não resolve. É importante que nós tenhamos um incentivo para que de 3% a 4% do uso dessa nova oferta de petróleo que virá com a exploração do pré-sal seja direcionada para a indústria.

 

Internacionalização

 

Elegemos as Américas como a principal região de atuação da Braskem por afinidade cultural e complementaridade de mercados.

 

A primeira iniciativa foi buscar onde estão as matérias-primas mais competitivas. Estamos na Bolívia, no Peru, na Venezuela e no México.

 

Neste ano, adquirimos uma empresa nos Estados Unidos -a Sunoco Chemicals, quarta maior produtora de polipropileno do país.

 

Haverá uma renovação do parque industrial norte-americano e pretendemos participar dessa renovação quando houver oportunidade.

 

Também vamos buscar alianças com empresas na Ásia e na Europa.

 

Se nós considerarmos só os projetos em andamento, a Braskem já torna-se uma das cinco maiores do mundo -se os outros não se mexerem. E é muito difícil competir com a China e a Índia.

 

Fonte: Folha e S.Paulo/TATIANA FREITAS

 

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