Petroquímica

Braskem ampliará produção de resina no pólo de Camaçari

Valor Econômico
27/07/2004 03:00
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A Braskem vai investir US$ 4 milhões em uma de suas unidades industriais no pólo petroquímico de Camaçari (BA) para ampliar a capacidade de produção de polietileno, uma resina usada principalmente pela indústria de embalagens para alimentos.
A companhia está adicionando 30 mil toneladas à atual capacidade instalada de uma de suas duas plantas especializadas nesta resina na Bahia. A capacidade passará para 230 mil toneladas por ano.
A fábrica deve entrar em operação até junho de 2005. Neste mercado, a Braskem tem rivais como a Ipiranga Petroquímica, a Politeno e Dow Química.
"A motivação para o investimento foi a criação da Braskem Flexus, um polietileno de última geração, que teve grande sucesso desde o lançamento", disse o vice-presidente da unidade de poliolefinas da Braskem, Luiz de Mendonça. A resina foi batizada com essa marca, neste ano, numa tentativa de a empresa aumentar o valor de uma commodity. A nova planta de polietileno da empresa petroquímica está baseada numa tecnologia mais sofisticada chamada de metaloceno.
Segundo Mendonça, o foco do investimento é o mercado interno. A empresa tem sentido, desde maio, a reação do mercado doméstico. O investimento deverá adicionar US$ 45 milhões a US$ 50 milhões em receitas à companhia.
A Braskem, maior fabricante de polietileno do país, está muito próxima do limite de sua capacidade de produção desta resina. No total, a Braskem passará a produzir 900 mil toneladas - a taxa de utilização supera mais de 90%.
A empresa, que contratou uma consultoria internacional para mapear seu processo interno de produção, já encontrou algumas possibilidade de ampliar sua capacidade de polietileno. Segundo Mendonça, todas as cinco plantas industriais da Braskem - duas na Bahia e três no Rio Grande do Sul - podem aumentar sua capacidade em mais 50 mil a 100 mil toneladas. "É possível aumentar uns 10%. Isso é o que está embaixo do capô", disse.
A oferta de polietileno no país deve crescer com a inauguração da Rio Polímeros (RioPol), empresa do pólo gás-químico localizado em Duque de Caxias (RJ), que produzirá 540 mil toneladas anuais a partir do primeiro semestre de 2005.
Quando essa capacidade também estiver próxima do esgotamento, qualquer nova expansão da Braskem só poderá ser feita a partir de uma nova planta industrial. A companhia aposta na construção de uma unidade de polietileno na fronteira do Brasil com a Bolívia. O projeto, previsto para 2009, contempla a produção de 600 mil toneladas de polietileno. O grupo Suzano já demonstrou interesse em analisar o investimento.

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