O governo boliviano pagou ontem a segunda e última parcela, também no valor de US$ 56 milhões, pelas refinarias Guillermo Elder Bell e Gualberto Villarroel, na Bolívia, vendidas pela Petrobras ao país vizinho em maio deste ano após longa negociação. O depósito foi confirmado pela estatal br
Jornal do CommercioO governo boliviano pagou ontem a segunda e última parcela, também no valor de US$ 56 milhões, pelas refinarias Guillermo Elder Bell e Gualberto Villarroel, na Bolívia, vendidas pela Petrobras ao país vizinho em maio deste ano após longa negociação. O depósito foi confirmado pela estatal brasileira. Apesar de o negócio ter sido quitado ontem, as unidades já estavam sob o controle da estatal boliviana YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos).
As refinarias são as duas maiores que operam na Bolívia e processam cerca de 40 mil barris de petróleo por dia. Para a Petrobras, porém, os negócios por lá representavam apenas 0,3% do total. Ambas atendem toda a demanda interna de gasolina e 70% da demanda de diesel da Bolívia, além de exportar derivados de petróleo reconstituído para o Chile.
A estatal brasileira decidiu vender as duas refinarias depois da assinatura de um decreto pelo presidente Evo Morales, que afetou o fluxo de caixa da Petrobras na atividade de refino na Bolívia a decisão concedeu à YPFB o monopólio da exportação do petróleo reconstituído e das gasolinas `brancas` produzidos pelas refinarias do país.
Até então, apesar da nacionalização anunciada pelo presidente boliviano, a empresa ainda cogitava permanecer no país como parceira. Após muito impasse acerca de qual seria o `preço justo` a ser pago pela Bolívia, a estatal apresentou a proposta final para fechar o negócio. Se não houvesse consenso, a Petrobras e o próprio governo brasileiro recorreriam à arbitragem internacional.
Fale Conosco
19