Recursos serão usados para a construção de embarcação do tipo AHTS no estaleiro Promar Reparos Navais Ltda, do Rio de Janeiro. Investimento total será de US$ 43 milhões. Projeto será responsável pela garantia de 332 empregos no estaleiro e na empresa norueguesa.
RedaçãoO Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de US$ 39 milhões à Norskan Offshore Ltda., no âmbito do Fundo de Marinha Mercante. O crédito será utilizado na aquisição de uma embarcação de apoio marítimo para manuseio de âncoras, reboque e suprimento, do tipo AHTS 15.000, com 80,5 metros de comprimento e 2,6 mil toneladas, a ser construída pelo estaleiro Promar Reparos Navais Ltda., no Rio de Janeiro.
O investimento total será de US$ 43 milhões e a empresa Norskan aplicará US$ 4 milhões com recursos próprios. A operação de crédito do BNDES não somente garante a manutenção de 300 empregos diretos no estaleiro, como também a abertura de mais 32 vagas na própria Norskan, totalizando 332 empregos diretos.
O deslocamento da produção de petróleo de águas rasas para profundas e ultra-profundas vem implicando na renovação da frota mundial, privilegiando embarcações de maior potência e capacidade de carga e de guincho, com melhores condições de manobra, autonomia, segurança e rapidez no atendimento a plataformas em alto mar. Assim, o mercado de apoio marítimo torna-se mais favorável aos navios de médio e grande porte, como o que será fabricado para a Norskan com financiamento do BNDES.
Os grupos noruegueses que controlam a Norskan (Solstad e DOF) ocupam posição de destaque no apoio marítimo, mantendo 15% do mercado mundial. A empresa iniciou suas operações no Brasil em novembro de 2001, quando assumiu a administração de três embarcações de bandeira norueguesa do tipo AHTS (manuseio de âncoras, reboque e suprimentos), de propriedade de sua controladora Solstad, afretadas à Petrobras. Depois, construiu mais três navios de apoio e ampliou suas operações com a estatal brasileira.
Estimado em US$ 400 milhões/ano, o mercado brasileiro de apoio marítimo, é formado por 24 empresas. Juntas, elas afretam à Petrobras 136 embarcações, cuja idade média é de 16,9 anos. Os planos atuais de renovação da frota têm objetivo de aumentar a participação de embarcações de bandeira nacional para 50% do mercado, pelo menos. Portanto, um dos méritos do financiamento concedido pelo BNDES é a economia de divisas, devido à substituição dos serviços prestados por embarcações com bandeira estrangeira.
Como resultado desta política adotada pela Petrobras, em função da progressiva ampliação do mercado para embarcações nacionais de apoio marítimo, o Brasil vem se destacando como pólo construtor. Em janeiro deste ano, por exemplo, 101 navios estavam sendo construídos no mundo para atuar neste segmento, dois quais cerca de 20%, no Brasil.
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