Banco já tinha aprovado dois empréstimos-pontes para o projeto.
Valor Econômico
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou hoje a aprovação de financiamento de R$ 22,5 bilhões para a usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA). Os recursos foram aprovados para o consórcio Norte Energia AS, responsável pelo empreendimento. O valor do crédito corresponde a quase 80% do total do custo do empreendimento, calculado em torno de R$ 29 bilhões, de acordo com o banco.
Em nota, o banco informou que parte do crédito será realizado por meio de operação indireta, repassado via dois agentes financeiros: Caixa Econômica Federal (CEF), com R$ 7 bilhões; e BTG Pactual (R$ 2 bilhões). O financiamento inclui a aprovação de R$ 3,7 bilhões para o consórcio, para compra de equipamentos no âmbito do Programa de Sustentação de Investimento (PSI).
Além dos recursos do BNDES e dos acionistas, entre as fontes do projeto está incluída uma emissão de debêntures para infraestrutura no valor de R$ 500 milhões. “É o maior empréstimo da história do BNDES para um empresa”, afirmou Márcia Leal, chefe do departamento do setor elétrico do banco.
A hidrelétrica terá 24 turbinas de geração. A primeira entrará em operação em fevereiro de 2015 e a última, em janeiro de 2019. O banco já tinha aprovado dois empréstimos-pontes para Belo Monte, um de R$ 1,1 bilhão, em junho de 2012; e outro de R$ 1,8 bilhão, em março de 2012. Estes valores são incluídos no valor total de R$ 22,5 bilhões. O prazo total do crédito concedido pelo banco é de 30 anos.
Investimento socioambiental
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou que os investimentos socioambientais relacionados ao desenvolvimento do entorno do empreendimento da usina de Belo Monte, no rio Xingu, (PA), somam R$ 3,2 bilhões. Isso corresponde a 11,2% do total do crédito aprovado pelo banco para o projeto (R$ 22,5 bilhões), informou hoje o banco.
O banco informou ainda que há previsão de um Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu, que deve movimentar R$ 500 milhões. Segundo a chefe do departamento de articulação do BNDES, Ana Maia, o consórcio Norte Energia, que toca o empreendimento, será o responsável pela alocação dos investimentos. “Serão alocados pela Norte Energia para desenvolvimento da região”, frisou a executiva.
O BNDES informou que os projetos de infraestrutura social, a serem concebidos no entorno do empreendimento, visa dinamizar a economia local. Ao mesmo tempo, as ações mitigatórias e compensatórias relacionadas a população indígena fazem parte dos projetos que serão alvo tanto dos recursos do crédito do BNDES quanto do consórcio.
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