ANP

Bittar admite renunciar pela agência

Jornal do Brasil
25/01/2005 02:00
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O deputado federal Jorge Bittar (PT-RJ) admite renunciar ao mandato de parlamentar para assumir a acalentada presidência da Agência Nacional do Petróleo (ANP) pelos próximos cinco anos. A renúncia é uma das exigências estatutárias das agências reguladoras, que não permitem que parlamentares exerçam o cargo de presidente. Mas o desejo esbarra na ministra das Minas e Energia, Dilma Roussef, que, segundo assessores do governo, teria sérias restrições à nomeação do petista derrotado na disputa pela Prefeitura do Rio.
A ministra gostaria de ver uma pessoa afinada com ela na presidência da agência. Nos bastidores, Bittar disputa o cargo com o atual presidente interino na ANP, o ex-deputado Haroldo Lima (PCdoB), ligado ao ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo.
Lima foi nomeado na última semana com o fim do mandato do diplomata Sebastião do Rego Barros, inserido no contexto de partidarização das agências reguladoras pelo presidente Lula na reforma ministerial. Mas dificilmente permanecerá no cargo, abrindo espaço para uma pessoa da confiança da ministra das Minas e Energia.
Na semana passada, o ex-deputado do PCdoB provocou constrangimento no governo ao classificar de "exagerada" a cautela de Lula na observância dos contratos do governo. No parlamento, o comunista também adotou algumas posições consideradas ultrapassadas por integrantes do Planalto, como ter votado contra a abertura do mercado petrolífero a empresas estrangeiras.
Lula deve bater o martelo sobre quem ocupará em caráter definitivo a presidência da ANP depois que retornar do Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça. O mesmo deve ocorrer com o novo presidente da Agência Nacional de Telecomunicações. Sobre a Anatel, porém, a decisão já é considerada certa. Será o conselheiro da empresa e ex-sindicalista Plínio Aguiar Júnior. Plínio, que substituirá Elifas Gurgel do Amaral, é ligado ao ex-assessor especial da Casa Civil, Marcelo Sereno. Além das agências reguladoras, também entrarão no rateio da reforma as estatais.

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