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Bacia de Santos receberá US$ 18 bilhões em investimentos nos próximos 10 anos

Plano Diretor da Bacia de Santos prevê um acréscimo do fornecimento de gás ao mercado Sudeste de 12 mihões de m³/dia. Nova unidade da Petrobras será instalada no município paulista.

Redação
11/01/2006 02:00
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A Petrobras anunciou nesta quarta-feira (11/1) a instalação de sua mais nova unidade de Exploração e Produção na cidade de Santos (SP), que ficará responsável pelas atividades na bacia com o mesmo nome. A companhia e seus parceiros deverão investir na região cerca de US$ 18 bilhões nos próximos 10 anos. Durante solenidade realizada no município paulista, o presidente da Petrobras,  José Sergio Gabrielli de Azevedo, anunciou o Plano Diretor para Desenvolvimento da Produção de Gás Natural e Petróleo da Bacia de Santos, que prevê um acréscimo de cerca de 12 milhões de m³/dia no fornecimento de gás ao mercado Sudeste, já a partir do segundo semestre de 2008.

O desenvolvimento do trabalho na região está dividido em cinco pólos de produção: Merluza, Mexilhão, BS-500, Sul e Centro. Localizado no Estado de São Paulo, a cerca de 200 km de Santos, o pólo de Merluza produz atualmente 1,2 milhão de m³/dia de gás e 1.600 barris por dia de condensado. Ali serão implantados dois novos projetos, sendo um deles a ampliação da produção da plataforma Merluza-1 (campos de Merluza, Lagosta e a área do poço SPS-25), que passará a produzir 2,5 milhões de m³/dia de gás em 2008. O outro projeto é a instalação da plataforma Merluza-2, com capacidade de 8 milhões de m³/dia de gás e 25 barris por dia (bpd) de óleo e condensado. O pólo de Merluza tem potencial para atingir uma produção de 9 a 10 milhões de m³/dia de gás em 2010.

Também localizado no Estado de São Paulo, a cerca de 140 km do Terminal de São Sebastião, o pólo Mexilhão terá capacidade para produzir até 15 milhões de m³/dia de gás e 20 mil bpd de óleo e condensado. O principal projeto desse pólo, que inclui o campo de Mexilhão e a área de Cedro, produzirá de 8 a 9 milhões de m³/dia de gás a partir do segundo semestre de 2008. A capacidade total desse pólo deverá ser atingida no início da próxima década, com a entrada em produção de novas áreas localizadas no entorno e em horizontes mais profundos do campo de Mexilhão. A Petrobras deverá instalar uma planta de tratamento de gás no litoral paulista, integrada aos projetos de ampliação do pólo Merluza e de desenvolvimento do pólo Mexilhão.

O desenvolvimento do pólo BS-500, localizado no Rio de Janeiro, a cerca de 160 km da capital, prevê a instalação de sistemas de produção de gás e óleo. Ele deverá produzir, no futuro, cerca de 20 milhões de m³/dia de gás e de 150 a 200 mil bpd de óleo. O pólo de produção Sul está situado a cerca de 200 km da costa dos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Nele opera a plataforma Coral, localizada no Paraná, que produz atualmente 9 mil barris diários de óleo. A partir de 2008 deverá entrar em operação nesse mesmo pólo o campo Cavalo-Marinho, localizado em Santa Catarina, com produção estimada próxima a de Coral. O Plano Diretor da Bacia de Santos prevê, também, a implantação de novos projetos para o pólo Sul, estimando-se uma produção futura de cerca de 140 mil barris diários de óleo e 3 milhões de m³/dia de gás.

A fase atual do desenvolvimento desse pólo, que está situado a cerca de 250 km da costa dos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, ainda é exploratória. A Petrobras aposta no grande potencial dessa área, também denominada “cluster” da Bacia de Santos. Confirmada a expectativa dessa área, uma das possibilidades de aproveitamento da produção local será o envio do gás para a plataforma de Mexilhão e sua transferência para tratamento em planta localizada no litoral de São Paulo.

A Bacia de Santos está localizada numa área de aproximadamente 352 mil m² e se estende pelo litoral sul do Estado do Rio de Janeiro, passando por toda a costa de São Paulo e do Paraná, e pela parte norte do litoral de Santa Catarina. A Petrobras e seus parceiros detêm 40.663 km² de concessõs exploratórias nessa bacia. Cerca de 52% da área sob concessão localizam-se no Estado de São Paulo. O restante está situado nos estados do Rio de Janeiro (35%), Santa Catarina (7%) e Paraná (6%). A Petrobras estima que a produção da Bacia de Santos contribuirá decisivamente para a consolidação do mercado brasileiro de gás natural e para a auto-suficiência no abastecimento de petróleo no País.

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