Responsabilidade Social Corporativa

Atuação em rede, proposta do 6º Workshop de Responsabilidade Social da ABM

Depois de um dia inteiro de apresentação de cases, conversas e reflexões, os participantes do 6º Workshop de Responsabilidade Social, promovido pela Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM), chegaram a várias conclusões. Uma delas é que o conceito de responsabilida

Redação
01/12/2010 12:40
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Depois de um dia inteiro de apresentação de cases, conversas e reflexões, os participantes do 6º Workshop de Responsabilidade Social, promovido pela Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM), chegaram a várias conclusões. Uma delas é que o conceito de responsabilidade social, apesar de relativamente novo, já está amadurecido em grande parte das empresas do setor minerometalúrgico, com estrutura sólida e ações consistentes.

 

Os exemplos apresentados no encontro pela Alcoa, CSN, Gerdau, Samarco, Usiminas, Vale, Votorantim e White Martins no último dia 18, no Rio de Janeiro, são provas dessa atuação responsável.

 

Mas, apesar dos avanços nessa área, ainda há muito por fazer, reconheceram todos. Como salientaram o presidente da Fundação CSN, Marcos Queiroga Barreto, e a assessora da diretoria do Instituto Gerdau, Alua Ainhorn Marques Fernandes, a responsabilidade social ainda não permeia todo o negócio.

 

O ideal, segundo eles, é que se torne algo transversal dentro da organização. Ou seja, que todos os departamentos incorporem a responsabilidade social em suas ações, sem precisar de uma área específica para impulsionar esta questão.

 

“Na maioria das vezes não temos uma estrutura fiscalizadora que assegure, por exemplo, que 100% dos fornecedores da cadeia atuem de forma socialmente responsável”, afirmou Barreto. defendendo a criação de uma rede setorial, tendo em vista buscar complementaridade e sinergia na execução das ações de responsabilidade social.    

 

“Vi aqui projetos fantásticos que poderiam estar inseridos em um banco de dados, propiciando às empresas compartilhar conhecimentos, encurtar caminhos e agilizar suas ações”, complementou.

A sugestão encontrou respaldo na proposta apresentada pela comissão organizadora que, ao final do evento, sugeriu à ABM liderar o processo de implementação da Rede. “O desenvolvimento sustentável só é possível com alianças estratégicas e a ABM é a instituição capaz de reunir todas as empresas, órgãos do governo e sociedade civil para formatar, estruturar e consolidar a Rede do Setor Minerometalúrgico”, ressaltou a analista de Recursos Humanos da Brasmetal e coordenadora do workshop, Vânia Buri Guirão Rebelato.

Alinhado com a missão da ABM de desenvolver ações coletivas que promovam a evolução do setor, o desafio foi aceito pelo diretor executivo da ABM, Horacídio Leal Barbosa Filho. “Convocamos desde já as empresas aqui presentes para integrarem essa Rede, criando um ambiente favorável para a sistematização do conhecimento, o compartilhamento de boas práticas e a uniformização de indicadores, como já fazemos para as áreas de produção, através do Essider - Estudo Prospectivo do Setor Siderúrgico”. Leal explicou que serão convidadas as demais empresas e universidades associadas para que seja formado um grupo de trabalho que dará andamento à Rede.

 

Com experiência na atuação de redes, a diretora da sede carioca da ABM e coordenadora de Engenharia do INT – Instituto Nacional de Tecnologia, Ieda Maria Vieira Caminha, considera muito importante a implementação de uma rede para apoiar as ações de responsabilidade social das empresas do setor.

 

“O primeiro passo é formar um grupo de trabalho para elaborar um projeto a ser submetido às agências de fomento, visando obter financiamento para nossas ações”, comentou ela, que é vice-coordenadora da Rede Produtos para Saúde, integrante do Sibratec - Sistema Brasileiro de Tecnologia, criado pelo atual governo para incentivar e apoiar a inovação e o desenvolvimento tecnológico das empresa brasileiras. “O modelo de rede tem se mostrado um sucesso, possibilitando às organizações dar um salto à medida que absorvem e compartilham conhecimentos”, afirmou.

 

Sobre a Rede ABM, Vânia acrescentou que, para melhor atender às demandas especificas de cada região, as empresas poderão se organizar em redes regionais. “Quantos projetos já existem e que podem ser melhorados e ampliados?, questionou ela, lembrando quese trata de uma importante oportunidade para que a sustentabilidade passe a integrar efetivamente a estratégia das organizações, tema central do workshop. “Quem sabe, em nosso próximo encontro, em 2011, possamos mostrar os resultados?”, acrescentou.
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