Bacia de Campos

Atraso na entrega da P-55 adia primeiro óleo da unidade

O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, José Formigli, disse durante teleconferência para analistas que o atraso de entrega do casco da plataforma P-55 pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS) compromete o início de produção da unidade. Previsto inicialmente para o final de 2012, o prim

Redação/ Agência
18/05/2012 14:36
Atraso na entrega da P-55 adia primeiro óleo da unidade Visualizações: 254
O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, José Formigli, disse na manhã de quinta-feira (17), durante teleconferência para analistas, que o atraso na entrega do casco da plataforma P-55 pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS) atrasará em um ano o início de produção de petróleo da unidade. A P-55 atuará no campo de Roncador, na bacia de Campos. Segundo o executivo, o primeiro óleo, previsto inicialmente para o final de 2012, será extraído somente no final de 2013. A unidade tem capacidade para produzir 180 mil barris diários.

Além da P-55, o EAS também atrasou, em dois anos, a entrega do navio João Cândido para a estatal. A nova previsão de entrega da embarcação é para o dia 25 de maio.

A demora de expansão da produção da Petrobras é uma das principais críticas dos investidores, que nos últimos cinco anos viram a empresa descumprir metas traçadas. Em 2011 a expectativa era de uma produção média de 2,1 milhões de barris diários de petróleo, mas ficou em 2,02 milhões.

Outro impacto que afetará a produção da Petrobras é a parada do campo de Frade, operado pela Chevron. A estatal possui uma participação de 30% na produção de cerca de 70 mil barris diários.

A empresa informou que está aguardando o fim dos estudos elaborados pela companhia americana sobre o acidente ocorrido em novembro do ano passado, para fechar a estimativa da meta de produção para este ano. Na ocasião, vazaram pelo menos 2,4 mil barris de petróleo no mar da bacia de Campos.

Em agosto a estatal pretende divulgar o Plano de Negócios para 2012-2016, e a intenção é apresentar uma meta que possa ser cumprida. Mesmo assim, o valor que será anunciado não deve ficar muito acima dos US$ 224,7 bilhões previstos para 2011-2015.

"Frade é importante para essa meta", disse Formigli. Ao responder uma pergunta sobre o abandono do campo de Frade, Formigli afirmou: "há possibilidade, mas não trabalhamos com essa hipótese".

O executivo informou ainda que entre junho e julho será iniciado o projeto piloto de separação de água e petróleo no fundo do mar, no campo de Marlim, na bacia de Campos. O Separador Submarino Água-Óleo (SSAO) foi desenvolvido e projetado pela FMC, e testado no Centro de Pesquisas da empresa, inaugurado em janeiro no Parque Tecnológico do Fundão, na Ilha do Governador (RJ).


Pré-sal

Segundo Formigli, a produção no campo de Sapinhoá, na bacia de Santos, poderá ser antecipada. O primeiro deve ser extraído em 2013, mas o diretor não detalhou o mês e nem de quanto seria a antecipação.

Sapinhoá, na área de Guará, teve sua comercialidade declarada em dezembro do ano passado. O campo está localizado no bloco BM-S-9, no pré-sal da bacia de Santos, e tem óleo de boa qualidade (30 graus API).

Com volume recuperável total estimado em 2,1 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), Sapinhoá é um campo gigante descoberto em rochas do pré-sal brasileiro e um dos maiores do país.
 
 
O texto foi alterado para acréscimo de informações às 15h25. 
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