Combustíveis

ANP investigará abusos no preço de combustíveis

Jornal do Commercio
17/06/2004 03:00
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A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, informou ontem, em audiência pública na Câmara, que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) investigará as distribuidoras e revendedoras de postos de gasolina para identificar se está havendo abuso nas margens de preço, depois do aumento no preço dos combustíveis, nas refinarias. Segundo Dilma, a ANP deverá concluir até o fim desta semana uma pesquisa extraordinária que apontará eventuais distorções no mercado.
A ministra disse que onde houver problemas, os fiscais irão aos postos identificar a causa da distorção e, em seguida, analisarão os outros elos da cadeia pois, segundo a ministra, não se pode responsabilizar de antemão um posto ou distribuidora por eventual problema. ‘‘Ainda é necessário um período de tempo para termos certeza das movimentações’’, disse a ministra.
Ela ressaltou que essa operação não é um controle de preços, mas um monitoramento das margens de lucro, como ocorreu no ano passado. A ministra participa de audiência pública em comissão especial que analisa o projeto que altera as regras de funcionamento das agências reguladoras.

Alguns reajustes são superiores a 10% no Rio

Postos de combustível que ainda não haviam aumentado os preços após o reajustes da gasolina e do diesel promovidos pela Petrobras na segunda-feira (14/06) elevaram ontem os seus preços. No Centro, o posto Auto Cruz Vermelha, de bandeira Esso, reajustou em 10,01%, de R$ 1,998 para R$ 2,198, o valor do litro da gasolina comum. As projeções da Petrobras eram de aumento, para o consumidor, de 4,5% na gasolina e de 6,4% no diesel.
O Garagem Bella Vista reajustou em 7,5% o preço do litro da gasolina comum, de R$ 1,999 para R$ 2,149. O preço do diesel teve o maior reajuste, passando de R$ 1,29 para R$ 1,49, um aumento de 15,5%.
No Posto Auto Cruz Vermelha, o gerente, Jefferson Silva, explica que aguardou os concorrentes subirem o preço para definir qual seria o seu reajuste. Ele disse ainda que o posto deve sofrer queda no movimento durante, pelo menos, os próximos três dias.
"As pessoas passam um certo tempo avaliando qual posto está mais barato, mas depois acabam se acostumando", disse Jefferson, que aguarda uma orientação da Esso para reajustar o diesel.
Ainda no Centro do Rio, o Auto Posto Esplanada, de bandeira Shell, também reajustou o preço acima do percentual projetado pela Petrobras. A gasolina comum subiu de R$ 1,999 para R$ 2,150 o litro, um reajuste de 7,55%. Já o posto Chaminé, de bandeira branca, aumentou o preço da gasolina em 3,01%, de R$ 1,99 para R$ 2,05 e o diesel de R$ 1,31 para R$ 1,39, uma variação de 6,1%.
Na Zona Sul, os postos que ainda não haviam repassado o aumento também abriram com novos preços, ontem. Um dos maiores reajustes ficou por conta do posto BR Piraquê, na Lagoa, que aumentou em 6,28% a gasolina, de R$ 2,069 para R$ 2,199, e em 0,66% o diesel, de R$ 1,350 para R$ 1,359. O adiamento, explicou o gerente Alex Viana, serviu para aumentar o movimento.
"Demoramos para repassar o aumento para aproveitar a demanda, porque a maior parte dos outros postos da região já havia reajustado. Deu resultado, tivemos um pouco mais de movimento, ontem", afirmou.
O posto BR na Praça da Bandeira reajustou em 2,95% a gasolina, de R$ 2,029 para R$ 2,089 e o diesel de R$ 1,399 para R$ 1,499, um aumento de 7,14%. O posto Shell na avenida Borges de Medeiros, na Lagoa, também só reajustou ontem o preço dos combustíveis: a gasolina subiu 2,38%, de R$ 2,099 para R$ 2,149.

Três estabelecimentos recuam no aumento

Três postos que promoveram reajustes próximos a 7% no preço da gasolina e do diesel na terça-feira reduziram ontem o preço dos combustíveis. Os postos de bandeira Shell Golfe Clube, em São Conrado, e Rocar, na Avenida das Américas, na Barra da Tijuca, reduziram o preço da gasolina de R$ 2,189 para R$ 2,149 o litro e o preço do diesel de R$ 1,449 para R$ 1,399. O posto Iate, em Botafogo - que havia promovido o maior reajuste - reduziu de R$ 2,199 para R$ 2,149 o litro da gasolina, mas manteve o diesel a R$ 1,449.
Funcionários do Golf Clube explicaram que a queda no preço foi promovida para "equiparar o posto aos demais em São Conrado e na Barra da Tijuca", uma vez que os preços mais salgados afastaram os clientes no primeiro dia após o reajuste.

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