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ANP faz estudos na Bacia do Rio do Peixe, entre PE/PB

Correio da Paraíba
01/03/2005 03:00
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A população da Paraíba saberá se existe petróleo no Estado dentro de seis meses. Duas empresas já foram contratadas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) para realizar estudos na Bacia do Rio do Peixe, na região polarizada por Sousa, e no subsolo marinho da Pernambuco/Paraíba.
De acordo com a ANP, o mar dos dois estados já começou a ser pesquisada na semana passada, e a expectativa é de que em três semanas o navio Ocean Peg Sat I (que está fazendo a coleta de amostras do assoalho oceânico) chegue à costa paraibana. O objetivo é verificar a existência de petróleo na região. As informações foram dadas, ontem, pelo presidente da HRT Petroleum, Márcio Rocha Mello - a HRT junto com a Ocean são as empresas responsáveis pelo estudo.
A previsão, segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP) é que o navio fique na região por volta de dois meses - o que inclui a coleta de amostras em parte da costa do Rio Grande do Norte, até as imediações de Touros. A operação terá o custo de R$ 5 milhões. "Na verdade a duração da pesquisa vai depender de uma série de coisas, como condições climáticas e características do solo. Em Pernambuco, por exemplo, onde o navio está desde o dia 15 passado, encontramos um solo bastante duro", disse Márcio Rocha, que também é membro do corpo científico da Ocean Peg Sat e veio à Paraíba para conhecer a estrutura portuária local. A área da bacia Pernambuco-Paraíba possui em torno de 34 mil quilômetros quadrados.
Depois desta fase, prosseguiu o presidente da HRT Petroleum, "se for encontrado indícios de petróleo ou de gás, e após as análises das amostras nos laboratórios da Ocean, no Rio de Janeiro, será feita uma nova proposta à ANP para que seja feito um novo estudo sobre a potencialidade petrolífera da região". Ou seja, a pesquisa atual verifica a incidência do petróleo ou do gás existente no assoalho oceânico, e sua localização exata, no entanto, para se conhecer o volume do combustível serão necessários estudos de geofísicos e de modelagem quantitativa dos sistemas petrolíferos.

Licitação no próximo ano

Sem o respaldo da modelagem quantitativa nenhuma empresa exploradora de petróleo se interessa em investir em qualquer área. Quando é descoberta a existência de petróleo em uma área, o Estado ganha em royalties e compensações financeiras, pela concessão da exploração do combustível ou do fás natural. A bacia Pernambuco-Paraíba poderá ser incluída na oitava rodada de licitações de blocos em 2006.
As amostras começam a ser coletadas em águas rasas e depois passam a ser coletadas em águas profundas, que vão de 50 a 2,5 mil metros - a área pesquisada é conhecida como linha de charneira. A tripulação do navio conta com cerca de 25 pessoas, entre geofísicos, geólogos, oceanógrafos, químicos, e geoquímicos. De acordo com Márcio Rocha, trata-se do navio privado mais moderno do País, estruturado com equipamentos de alta resolução. O equipamento que faz a coleta é chamado de piston core e recolhe as amostras a seis metros do solo. O piston pesa cerca de uma tonelada e pode ser utilizado em profundidades de até 3,5 mil metros.
Já na Bacia do Rio do Peixe, localizada na região de Sousa, a ANP informou que os estudos devem começar já nesta semana - a empresa que fará a pesquisa em Sousa será a MRM Assessoria em Petróleo Ambiental. "Estamos ultimando um convênio com a ANP, para dar início à pesquisa no município", acrescentou o diretor de operações da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Minerais da Paraíba (CDRM), Marcelo Borges.

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