Em rápida passagem por Brasília, o presidente mundial da Alcoa, Klaus Kleinfeld, deixou uma mensagem contundente ao governo brasileiro: o país tem de remover barreiras que travam novos investimentos na indústria de alumínio, e o custo elevado da energia é a principal delas. A mudança no código de mineração, que pode aumentar o valor pago em royalties sobre a bauxita, a matéria-prima básica do alumínio, é outro ponto crítico.
A tarifa de energia cobrada no Brasil para indústrias é "absolutamente não competitiva" para produção de alumínio, disse ao Valor o executivo. Paga-se hoje US$ 70 o MW-hora no país, em comparação a US$ 27 dez anos atrás. Segundo Kleinfeld, que é CEO global desde abril de 2010, o preço médio pago pela Alcoa no mundo é de US$ 35 o MW-hora.
Energia foi um dos temas tratados pelo executivo com os ministros Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, e Edison Lobão, de Minas e Energia. Outro foi a espera de longos anos por licença ambiental em duas hidrelétricas.