Internacional

AIE prevê que demanda por petróleo garantirá equilíbrio, apesar de xisto dos EUA

Dow Jones Newswires, 16/03/2018
16/03/2018 21:53
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A demanda global por petróleo deverá crescer mais rápido do que o esperado este ano, compensando parcialmente a forte expansão na produção de óleo de xisto nos EUA e mantendo o mercado da commodity equilibrado, segundo avaliação da Agência Internacional de Energia (AIE).

Em relatório mensal publicado nesta quinta-feira, a AIE prevê que o apetite global por petróleo bruto crescerá 1,5 milhão de barris por dia (bpd) neste ano, a 99,3 milhões de bpd, o que representa uma revisão para cima de 90 mil bpd.

O aumento deverá ser impulsionado pela robusta demanda de economias industrializadas, incluindo Europa, EUA e Japão, diz a agência.

"O reequilíbrio do mercado está claramente avançando com%6oferta e demanda ficando mais alinhadas", destaca o relatório.

A AIE, entidade com sede em Paris que presta consultoria a governos e empresas sobre tendências do mercado de energia, exibe um tom mais otimista do que o do mês passado, quando alertou que a produção de óleo de xisto dos EUA poderia sobrepujar a demanda global e minar a frágil recuperação do mercado de petróleo.

A agência disse hoje que a oferta mundial de petróleo recuou levemente em fevereiro ante o mês anterior, a 97,9 milhões de bpd, mas foi ainda 740 mil bpd maior do que a de um ano antes.

A AIE prevê que o avanço na oferta ocorrerá fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). A oferta de nações que não integram o cartel deverá crescer quase 1,8 milhão de bpd em 2018, sendo que 1,5 milhão de bpd virá dos EUA, afirma o documento.

No mês passado, a produção dos EUA teve expansão de 135 mil bpd, para o nível recorde de 10,2 milhões de bpd, graças ao surpreendente avanço do óleo de xisto. Recentemente, a AIE havia previsto que os EUA irão ultrapassar a Rússia e se transformar no maior produtor mundial de petróleo até 2023.

A produção da Opep, no entanto, caiu em fevereiro, a 32,1 milhões de bpd. A Opep e dez produtores que não pertencem ao grupo, incluindo a Rússia, têm buscado reduzir sua produção combinada em 1,8 milhão de barris desde o ano passado, na tentativa de conter um excesso de oferta global que vinha pesando nas cotações do petróleo desde 2014.

No segundo semestre de 2017, o preço do petróleo subiu mais de 50%, em reação aos esforços da Opep e aliados e em meio a riscos geopolíticos e a tendência de fraqueza do dólar. O Brent, referência do petróleo negociado em Londres, atingiu os maiores níveis em mais de três anos no começo deste ano, ultrapassando US$ 70 por barril, mas acabou devolvendo parte dos ganhos num período de forte turbulência que acometeu os mercados acionários globais no começo de fevereiro. Ontem, o Brent fechou a US$ 64,89 por barril, com alta de 0,39%.

A AIE estima que o Brent terá preço médio em torno de US$ 67 por barril em 2018, sendo que as cotações atuais são cerca de 20% maiores do que as do mesmo período do ano passado.

Já os estoques da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) cresceram 18 milhões de barris em janeiro, a 2,871 bilhões de barris, segundo a AIE. O aumento, o primeiro em sete meses, foi atribuído a fatores sazonais e deixou os estoques da OCDE 53 milhões de barris acima do meta da Opep de alcançar a média dos últimos cinco anos.

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