A fábrica de pás para geradores eólicos Aeris Energy deverá entrar em operação em agosto deste ano. A informação foi confirmada, ontem, pelo diretor técnico da empresa, James Whitehouse. No fim do ano passado, começaram as obras de terraplenagem em uma área de 28 hectares, no km 2 da CE-422, setor III do Complexo Industrial do Pecém (Cipp), no Município de Caucaia.
Segundo o diretor só foi possível fazer a previsão de funcionamento da fábrica para o segundo semestre de 2011 porque a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) liberou, em dezembro, a licença de instalação.
"Agora, estamos dependendo apenas das chuvas, que atrapalharam um pouco o serviço de terraplanagem. Mas a estimativa é de começar a operar já em agosto", reforçou James.
Segundo ele, o investimento de implantação da empresa é de aproximadamente R$ 50 milhões, parte desses recursos serão financiados pelo Banco do Nordeste (R$ 15 milhões próprios e 35 milhões do BNB). A projeção do diretor é que a produção de pás chegue a quantidade de 760 ainda neste ano. "Claro que no início a produção não será tão grande. Aos poucos, vamos implantar todas as três linhas de produção, de forma programada, para chegar a esse número", contou.
A área construída será de cerca de 20 mil metros quadrados. Conforme James, no primeiro momento, as pás serão voltadas para o consumo no mercado interno. O Ceará tem um dos maiores potenciais do setor eólico brasileiro.
"Foi oferecido um protocolo de intenções bastante interessante. Várias condições foram alinhadas. É bem verdade que ainda faltam algumas coisas a serem cumpridas, mas o governo estadual mostrou boa vontade", comentou o representante da Aeris, ressaltando que a cadeia eólica já é beneficiada com uma baixa incidência de tributos em relação a outros setores.
Sobre o número de empregos, a priori, serão oferecidas 350 vagas. "No 1º momento, vamos ofertar isso. Mas com o passar do tempo e o crescimento da empresa a tendência é aumentar esse número", comentou o diretor, ressaltando que desde as primeiras negociações com o governo do Estado, ficou acertado que o objetivo é que a maior parte dessas oportunidades seja ocupada por pessoas da localidade.
"A intenção é utilizar o mínimo de mão-de-obra importada e o máximo de profissionais daqui. Contamos com a ajuda do governo para treinar as pessoas da comunidade e transformar o meio delas", disse James, lembrando que a capacitação é a chave para qualquer processo de industrialização. "As empresas sempre querem ir para onde existem pessoas qualificadas", afirmou.