Petroquímica

Acordo entre Petrobras e PQU para produção de polietilenos a partir do gás de refinaria

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em companhia do presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, esteve em visita ao Pólo Petroquímico do Grande ABC, neste sábado (18/09), para conhecer os projetos da Petrobras e da Petroquímica União (PQU) para a região. Entre os projetos está o acordo


20/09/2004 03:00
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em companhia do presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, esteve em visita ao Pólo Petroquímico do Grande ABC, neste sábado (18/09), para conhecer os projetos da Petrobras e da Petroquímica União (PQU) para a região. Entre os projetos está o acordo para fornecimento de 1,2 milhão de metros cúbicos/dia de gás de refinaria a ser utilizado como matéria-prima para produção de petroquímicos básicos pela PQU.
Esse gás, que é um hidrocarboneto leve proveniente das operações de refino, será fornecido pelas refinarias Henrique Lage (Revap) e Capuava (Recap), ambas da Petrobras. O início do fornecimento está previsto para o final de 2007, após a construção de dutos para levar o gás, produzido nas duas refinarias, para a Central Petroquímica da PQU, que será responsável pelos investimentos para viabilizar o projeto.


Novos empreendimentos - O acordo a ser firmado entre Petrobras e PQU permitirá que a Central Petroquímica eleve sua produção de eteno em 40%, passando  de 500 mil para 700 mil toneladas por ano. Como conseqüência imediata, este projeto tornará possível a implantação de uma nova unidade industrial para produção de polietilenos, matéria-prima para a indústria de transformação,  com capacidade produtiva de 200 mil t/ano. Os investimentos a serem realizados pela PQU para a concretização dos projetos somam US$ 300 milhões, dos quais US$ 42 milhões serão aplicados nas refinarias da Petrobras e US$ 258 milhões para as obras necessárias ao aumento da produção de eteno e polietileno.
Em nota a Petrobras informa que independentemente da ampliação da PQU, realizará, até 2010, investimentos da ordem de US$ 200 milhões em unidades de hidrotratamento na Recap, visando oferecer produtos, como gasolina e diesel, para a área metropolitana, em padrões de qualidade equivalentes aos padrões internacionais.
O aumento da atividade industrial e os investimentos a serem realizados pela Petrobras e PQU irão proporcionar a abertura de novos postos de trabalho revitalizando a economia da região. Segundo dados da ABIQUIM, as 200 mil toneladas/ano adicionais de polietileno gerarão cerca  de 10 mil empregos nas empresas de transformação de plástico, com o conseqüente aumento da geração de renda e seus efeitos sobre a região.


Benefícios para a região e para o País - Para o país o projeto permite agregar maior valor à produção nacional de petróleo ao deslocar, para uma aplicação mais nobre, como matéria-prima petroquímica, um produto  utilizado para a queima como combustível nas unidades industriais da Petrobras. Além disso, o aumento da produção de petroquímicos básicos levará ao incremento da produção em toda a cadeia petroquímica, o que contribuirá para o superávit da balança comercial.
A ampliação da capacidade de produção da PQU levará, também, a outros investimentos em infra-estrutura na região, como a implantação de novos sistemas de suprimento de água e de co-geração, com capacidade de produção de 360 toneladas/hora de vapor e 240Mw de energia elétrica.
Em termos regionais o projeto elevará a arrecadação de impostos das indústrias química e  petroquímica que hoje, na região, já são responsáveis por cerca de 36% e 66% da arrecadação de ICMS nos Municípios de Santo André e de Mauá, respectivamente. Além disso o empreendimento possibilitará a atração de novos investimentos na indústria de transformação e de prestação de serviços para a petroquímica.
Segundo a Petrobras, o fornecimento de matéria-prima à PQU e a participação no novo projeto de polietilenos estão alinhados com o atual posicionamento estratégico da empresa para atuação na petroquímica, com ênfase em novos projetos para atender ao crescimento do mercado brasileiro. O projeto é, também, um primeiro passo para parcerias futuras com os demais sócios da PQU em um redesenho societário que possibilite a consolidação do Pólo do ABC.
Com a formalização do acordo, a Petrobras espera que o fornecimento de matérias-primas para a PQU ocorra paralelamente a uma negociação de participação no projeto de polietilenos.

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