Economia

Ações de empresas do setor elétrico caem após anúncio

Redução é de 16% para residencias e 28% para indústrias.

Valor Online
11/09/2012 14:37
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A redução nos preços da energia elétrica anunciada pela presidente Dilma na quinta-feira (6) à noite, de 16% para o segmento residencial e de até 28% para as indústrias, veio acima do esperado pelos investidores e fez com que as ações das elétricas registrassem quedas acentuadas na segunda-feira (10), após a volta do feriado de 7 de setembro.
A mais afetada foi a Cesp, geradora controlada pelo estado de São Paulo. Na segunda-feira, suas ações caíram quase 6%, enquanto o Ibovespa subiu 0,14%. Desde o dia 29 de agosto, quando se intensificaram os receios em relação ao tom das medidas, a Cesp perdeu quase R$ 2 bilhões em valor de mercado na bolsa, que caiu de R$ 11,2 bilhões para R$ 9,4 bilhões.
Outra empresa que sentiu um forte impacto foi a Transmissão Paulista (Cteep), cujos papéis caíram 4% na segunda-feira. Em 2012, as ações da companhia já acumulam queda de 22%.
As ações ordinárias da Eletrobrás, contudo, registraram um desempenho melhor e fecharam o dia com uma queda de apenas 0,5%. O movimento sugere que há uma expectativa de que a estatal federal acabe sendo menos afetada pelas medidas.
O corte anunciado pela presidente Dilma nos preços da energia virá de duas frentes. Uma delas será a redução da carga tributária. A outra será a diminuição dos preços e, consequentemente, da rentabilidade obtida pelas geradoras e transmissoras de energia, cujos contratos de concessões vencem a partir de 2015. As declarações da presidente levam a crer que o governo será rígido para renovar as concessões.
Quanto mais antiga for a hidrelétrica, menor deve ser o preço da energia. Isso porque os investimentos para a construção da usina são amortizados com o tempo. Em Brasília, o presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, afirmou que o governo calculou os ativos não amortizados de cada usina, uma a uma, para renovar as concessões.
Quase 70% das concessões da Cesp terminam em 2015. Como as suas hidrelétricas foram construídas na década de 70, é possível que os preços da empresa sofram uma redução maior. A usina de Ilha Solteira entrou em operação em 1978, enquanto a de Jupiá começou a gerar energia em 1974. A usina de Jaguari foi inaugurada em 1973.
Segundo analistas, o custo operacional das usinas da Cesp gira em R$ 35 o MWh. Mas algumas hidrelétricas da Chesf, que pertence à Eletrobrás, possuem custos bem mais altos, em torno de R$ 60 e R$ 70 o MWh.
Resta saber se o governo vai garantir preços mais altos para as usinas da Eletrobrás, mesmo que elas sejam menos eficientes. A Chesf possui seis hidrelétricas cujas concessões expiram em 2015. Furnas, a mais antiga, entrou em operação em 1965, enquanto a mais nova, a de Marimbondo, foi inaugurada em 1977.

A redução nos preços da energia elétrica anunciada pela presidente Dilma na quinta-feira (6) à noite, de 16% para o segmento residencial e de até 28% para as indústrias, veio acima do esperado pelos investidores e fez com que as ações das elétricas registrassem quedas acentuadas na segunda-feira (10), após a volta do feriado de 7 de setembro.


A mais afetada foi a Cesp, geradora controlada pelo estado de São Paulo. Na segunda-feira, suas ações caíram quase 6%, enquanto o Ibovespa subiu 0,14%. Desde o dia 29 de agosto, quando se intensificaram os receios em relação ao tom das medidas, a Cesp perdeu quase R$ 2 bilhões em valor de mercado na bolsa, que caiu de R$ 11,2 bilhões para R$ 9,4 bilhões.


Outra empresa que sentiu um forte impacto foi a Transmissão Paulista (Cteep), cujos papéis caíram 4% na segunda-feira. Em 2012, as ações da companhia já acumulam queda de 22%.


As ações ordinárias da Eletrobrás, contudo, registraram um desempenho melhor e fecharam o dia com uma queda de apenas 0,5%. O movimento sugere que há uma expectativa de que a estatal federal acabe sendo menos afetada pelas medidas.


O corte anunciado pela presidente Dilma nos preços da energia virá de duas frentes. Uma delas será a redução da carga tributária. A outra será a diminuição dos preços e, consequentemente, da rentabilidade obtida pelas geradoras e transmissoras de energia, cujos contratos de concessões vencem a partir de 2015. As declarações da presidente levam a crer que o governo será rígido para renovar as concessões.


Quanto mais antiga for a hidrelétrica, menor deve ser o preço da energia. Isso porque os investimentos para a construção da usina são amortizados com o tempo. Em Brasília, o presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, afirmou que o governo calculou os ativos não amortizados de cada usina, uma a uma, para renovar as concessões.


Quase 70% das concessões da Cesp terminam em 2015. Como as suas hidrelétricas foram construídas na década de 70, é possível que os preços da empresa sofram uma redução maior. A usina de Ilha Solteira entrou em operação em 1978, enquanto a de Jupiá começou a gerar energia em 1974. A usina de Jaguari foi inaugurada em 1973.


Segundo analistas, o custo operacional das usinas da Cesp gira em R$ 35 o MWh. Mas algumas hidrelétricas da Chesf, que pertence à Eletrobrás, possuem custos bem mais altos, em torno de R$ 60 e R$ 70 o MWh.


Resta saber se o governo vai garantir preços mais altos para as usinas da Eletrobrás, mesmo que elas sejam menos eficientes. A Chesf possui seis hidrelétricas cujas concessões expiram em 2015. Furnas, a mais antiga, entrou em operação em 1965, enquanto a mais nova, a de Marimbondo, foi inaugurada em 1977.

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