Jornal do Commercio
A Petrobras acertou na quinta-feira o início de exportação de álcool anidro para a Nigéria: a primeira carga, com 20 milhões de litros, vendida à estatal Nigerian National Petroleum Corporation (NNPC), será embarcada em fevereiro, no Terminal da Ilha D`Água, no Rio de Janeiro.
O volume exportado será utilizado para a implementação do programa de adição do álcool à gasolina naquele País. Além de vender o produto, a Petrobras dará suporte técnico para que seja adicionado 10% de etanol à gasolina, conforme prevê o programa nigeriano.
A estatal brasileira e a NNPC haviam firmado, em agosto de 2005, um memorando de entendimento a respeito da parceria, e desde então, vinham negociando as condições da atuação conjunta, assim como as vendas.
Em nota, a Petrobras disse que "reafirma sua expectativa na continuidade das negociações com a NNPC para o fornecimento de próximas cargas para aquele mercado, ratificando, assim, o importante papel do Brasil no mercado mundial de combustíveis alternativos, bem como o seu papel de indutora da indústria brasileira, exportando produtos e serviços para novos mercados".
A Petrobras já exporta álcool para a Venezuela desde 2005, e negocia ainda com Estados Unidos e Japão a venda de etanol. Para o país asiático, a estatal firmou parceria com a Japan Alcohol Trading e criou a empresa Brazil-Japan Ethanol, que nasceu com a missão de promover o uso do etanol entre os japoneses.
A expectativa é que as primeiras vendas para o mercado japonês aconteçam a partir de 2009. O presidente da companhia, José Sergio Gabrielli, afirmou em 2006 que a colocação de combustíveis renováveis em mercados externos está dentro da estratégia da Petrobras.
Recentemente, a Petrobras informou que estuda a entrada na produção de álcool. Rumores do mercado dão conta de que a estatal já teria, inclusive, feito contatos com usineiros paulistas, negociando participação em alguns projetos.
Essa informação não foi confirmada pelo diretor de Abastecimento e Refino, Paulo Roberto Costa, que limitou-se a dizer que a empresa realmente avalia participar da produção do biocombustível.
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