Para a entidade, proposta encaminhada ao Ministério das Minas e Energia deve reduzir prejuízo da sobrecontratação.
Abraceel/RedaçãoA Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), entidade que defende a portabilidade da conta de luz no Brasil, apresentou ao Ministério das Minas e Energia uma proposta para a venda de sobras de sobrecontratação das distribuidoras no mercado livre por meio de leilão.
A proposta prevê que os agentes do mercado livre, inclusive as comercializadoras, comprem essa energia para abastecer os consumidores (livres e especiais) em processo de migração. Com isso, o prejuízo dos acionistas, que pelas regras atuais são os responsáveis pelos riscos de mercado, seria reduzido com a venda ao mercado livre da energia encalhada, cujo preço atual gira em torno de R$ 31 por megawatt-hora (MW/h), ante o valor pago pelas distribuidoras, em torno de R$ 165 o MW/h. Estimativas apontam para um prejuízo de R$ 3,3 bilhões com sobras de energia em 2016.
Segundo a Abraceel, a média de preço praticado no mercado livre está entre R$ 120 e R$ 130 o MW/h para contratos de quatro anos, muito melhor que os R$ 31 por MW/h que o acionista recebe. “Portanto, viabilizar a compra da sobrecontratação de energia pelas comercializadoras seria uma forma de equacionar algumas distorções atuais no setor elétrico”, afirma Reginaldo Medeiros, presidente da entidade.
Sobre a Abraceel
Fundada no ano 2000, a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) conta com 67 empresas participantes, responsáveis por 98% dos contratos negociados no âmbito do mercado livre, que provêm a energia para mais de 1.800 consumidores, responsáveis por 60% do PIB Industrial do Brasil.
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