Sexta Rodada

A sétima licitação da ANP poderá não acontecer em 2005

Mesmo com um resultado positivo da primeira metade da 6ª rodada de licitação de áreas de exploração da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o próximo leilão de blocos exploratórios poderá não ocorrer no próximo ano. A secretária de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Ma


17/08/2004 03:00
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Mesmo com um resultado positivo da primeira metade da 6ª rodada de licitação de áreas de exploração da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o próximo leilão de blocos exploratórios poderá não ocorrer no próximo ano. A secretária de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Maria das Graças Foster, disse nesta terça-feira (17/08) que a realização da próxima rodada está condicionada a uma avaliação técnico-econômica da relação entre reservas e produção de hidrocarbonetos do país.
"A nossa 7ª rodada acontecerá quando chegar a hora para ela acontecer. Isso porque não ocorrerá mais a partir de um conceito meramente quantitativo", afirmou a secretária, no intervalo do primeiro dia de leilão das áreas da ANP. Segundo Maria das Graças, as licitações precisarão obedecer a uma correlação entre reservas e produção de hidrocarbonetos do país.  A partir dessa análise, que levará em conta necessariamente o ritmo de crescimento da economia brasileira, é que será definido se haverá necessidade de se colocar novos blocos em licitação.
Na prática, a mudança representa um novo paradigma para a indústria brasileira de petróleo, que passou por um processo de abertura a partir do final da década de 1990. Desde 1999, a partir da criação da ANP, o órgão regulador passou a licitar blocos de exploração como forma não só de viabilizar esse processo, como também o aumento da produção do país, com a atração de novas companhias. A secretária justificou que agora, com a proximidade da autosuficiência produtiva - prevista para 2006 -, não haveria mais necessidade de se licitar áreas.
O presidente da espanhola Repsol-YPF e do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), João Carlos França de Luca, evitou criticar a decisão do governo, vista por analistas do setor como uma medida que visa a aplicar o conceito de planejamento governamental no setor petrolífero do país. Segundo o executivo, se a 7ª rodada não vier mesmo a ocorrer no próximo ano, isso não representará nenhuma mudança das regras do setor.
"Faz parte das atribuições do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) autorizar a realização dos novos leilões", desconversou o presidente da Repsol, que disse interpretar como mudanças das regras qualquer decisão do governo no sentido de se mudar prazos como o estipulado para a concessão das áreas. Com relação a esse tema, de Luca criticou a liminar concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Aires Brito contra a participação de empresas estrangeiras na 6ª rodada.
A liminar, que foi cassada no início da manhã por outra liminar concedida pelo próprio presidente do STF, ministro Nelson Jobim, representou ameaça, segundo de Luca, "à estabilidade das regras no país" e à segurança dos investidores.
Embora tenha classificado de normal a contestação judicial ao leilão, por envolver a concessão de blocos com potencial de descobertas, a secretária Maria das Graças repetiu o que disse a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, sobre as conseqüências de um adiamento do leilão. Segundo a ministra, sem a 6ª rodada, o governo teria que ampliar as importações de petróleo nos próximos meses.
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