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O governo determinará em novembro a adição obrigatória no óleo diesel de 2% de biodiesel, um óleo produzido a partir do reaproveitamento de resíduos como óleo de dendê, bagaço de cana-de-açúcar e óleo de mamona. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (12/07) pela secretária de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Maria das Graças Foster, durante o seminário 3º Choque do Petróleo, na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).
Embora não tenha dado maiores detalhes sobre a decisão, que será ratificada por meio de decreto, a secretária afirmou que a medida resultará na ampliação para 41% da parcela de fontes renováveis na matriz energética brasileira. Entre os países da Europa, comparou, esse percentual varia em torno de 15%. A secretária não explicou, no entanto, de que forma o biodiesel será produzido, mas o diretor da Área de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que também participou do evento, admitiu a possibilidade de a empresa vir a fabricar o produto.
Segundo o executivo, o planejamento estratégico divulgado neste ano, que compreende o período de 2004 a 2010, prevê investimentos de US$ 350 milhões da Petrobras para o desenvolvimento de fontes de energia renovável, o que poderá incluir projetos voltados para o biodiesel. Ele afirmou, no entanto, que, embora participe das discussões sobre esse projeto em Brasília, a Petrobras obedecerá as diretrizes que serão definidas pelo Ministério de Minas e Energia.
O executivo se absteve de apresentar qualquer projeção sobre impactos para o consumidor final da adição do biodiesel. Esse tipo de projeção, segundo ele, ainda terá que ser feita pela Petrobras.