Opep admite preocupação com petróleo na faixa dos US$ 50 a US$ 55, mas afirma que o cartel não está disposto a aumentar produção.
Redação com ag. inO presidente da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e Ministro do Petróleo do Kwait, Sheikh Ahmad Fahad Al-Ahmad Al-Sabah, afirma estar preocupado com a alta dos preços do petróleo no último mês, mas informou que os membros do cartel não estão dispostos a aumentar a produção no próximo encontro no dia 16 de março, no Irã.
Nesta segunda feira (07/03), os preço do petróleo norte-americano superou os US$53 o barril, depois de ter aumentado mais de 18% no último mês, sinalizando que o forte crescimento da demanda e desapontando as pesquisas que previsam que o suprimento ficará sob controle este ano.
"Atualmente, a Opep está produzindo cerca de 29,5 milhões de barris por dia, o que garante que a demanda está sendo plenamente atendida e os estoques de petróleo no mundo continuam crescendo", afirma Al-Sabah em um release publicado pela Opep.
Na semana passada, quando os preços chegaram a US$ 55 em Nova Iorque, o diretor geral da Agência Internacional de Energia, Claude Mandil, disse que não seria necessário que o grupo colocasse mais petróleo no mercado.
Vários membros da Opep, entre eles Argélia, Qatar, Irã e Venezuela são contrários ao aumento de produção para ajudar os preços a baixarem. O Ministro do Petróleo da Venezuela, Rafael Ramirez atribuiu os preços altos à pouca capacidade de refino e ao dólar fraco.
Al-Sabah disse que a alta dos preços é resultado do clima frio do Hemisfério Norte, do `engarrafamento` das refinarias, da expectativa de que a demanda vai continuar alta no próximo ano, além da dificuldade dos produtores não-Opep de aumentarem a produção e do aumento do investimento em commodities por especuladores. "Tudo isso está além do controle do grupo", afirmou.
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