Documento sustenta que o Brasil só voltará a crescer com ações nas áreas fiscais e de competitividade.
Agência CNI de Notícias/RedaçãoA Confederação Nacional da Indústria (CNI) ouviu empresários e reuniu 36 medidas fundamentais que devem ser implementadas pelo governo federal imediatamente após país solucionar a questão política. As ações passam pelo ajuste fiscal, por reformas na legislação trabalhista e de tributação, pelo aumento das concessões em infraestrutura, por avanços na área de comércio exterior, por melhores condições de crédito para as empresas e pela suspensão de novas obrigações acessórias que aumentam o custo e a burocracia para as empresas. A Confederação reforça que, apenas com a adoção dessas iniciativas, os empresários vão recuperar a confiança e voltar a investir.
"A saída da grave crise econômica por que passa o país exige a adoção de uma série de medidas na área fiscal e de aumento da competitividade. Não existe uma bala de prata ou uma mágica para melhorar o ambiente de negócios. É um conjunto de ações, que somadas à retomada do diálogo e à escolha de uma equipe eficiente, podem tirar o país da recessão", afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade (foto).
A indústria defende que as ações tenham caráter estrutural e governantes não devem evitar "atalhos", como ações populistas que vão atrasar ainda mais o desenvolvimento do país. Na lista das prioridades estão, por exemplo, a aprovação da reforma da Previdência e do projeto de lei que regulamenta a terceirização dos trabalhadores.
AS MEDIDAS SUGERIDAS PELA INDÚSTRIA:
EFICIÊNCIA DO ESTADO PARA GARANTIR A SUSTENTABILIDADE FISCAL
1) Reformar a Previdência Social; 2) Implementar mecanismos de controle do gasto público
ASSEGURAR A SEGURANÇA JURÍDICA NAS RELAÇÕES DE TRABALHO
3) Valorizar a negociação coletiva; 4) Regulamentar a terceirização; 5) Sustar ou alterar o texto da NR 12; 6) Excluir acidentes de trajeto do cálculo do FAP
REFORMA TRIBUTÁRIA
7) Adotar o princípio do crédito financeiro do PIS-Cofins; 8) Ampliar os prazos de recolhimento de IPI e PIS-Cofins; 9) Permitir a compensação de créditos entre tributos federais; 10) Convalidar os incentivos fiscais do ICMS; 11) Reformar o ICMS
ACELERAR O PROCESSO DE CONCESSÕES AO SETOR PRIVADO NA INFRAESTRUTURA
12) Rever o regime de partilha em óleo e gás; 13) Modernizar as condições de acesso ao gás natural importado; 14) Modernizar as concessões para exploração de gás natural em terra; 15) Cobrar a CDE de forma proporcional; 16) Considerar os custos totais nos leilões de energia elétrica; 17) Aumentar a geração térmica na base do sistema; 18) Aumentar a participação privada nos serviços de água e esgoto; 19) Transferir as administrações portuárias ao setor privado; 20) Concluir o processo de revisão das poligonais dos portos organizados
PRIORIZAR AS EXPORTAÇÕES COMO MOTOR DO CRESCIMENTO
21) Negociar acordos comerciais; 22) Aperfeiçoar os mecanismos de financiamento de comércio exterior; 23) Concluir a agenda de facilitação de comércio; 24) Ajustar a alíquota do Reintegra; 25) Criar condições para manutenção de um câmbio competitivo e estável
REGULARIZAR AS CONDIÇÕES DE CRÉDITO ÀS EMPRESAS
26) Melhorar condições de capital de giro às empresas; 27) Estimular a ampliação do financiamento privado de longo prazo;
SEGURANÇA JURÍDICA E REGULAÇÃO
28) Disciplinar os procedimentos para desconsideração da personalidade jurídica; 29) Fortalecer as agências reguladoras; 30) Garantir autonomia do órgão licenciador do licenciamento ambiental; 31) Simplificar o licenciamento ambiental
INOVAÇÃO
32) Regulamentar o Código Nacional de CT&I; 33) Aprimorar a Lei do Bem; 34) Assegurar que os recursos para a inovação cheguem às empresas; 35) Regulamentar o acesso ao patrimônio Genético; 36) Promover a melhoria operacional do INPI
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